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O governo calcula que a produção brasileira de etanol deverá crescer quase 150% nos próximos nove anos. Durante evento sobre energia realizado em São Paulo nesta segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que a produção do combustível, atualmente de 26 bilhões de litros ao ano, deverá chegar a 64 bilhões de litros em 2019.

"Isso vai gerar um excedente para exportação", disse Zimmermann, destacando que não há o objetivo de transformar o Brasil na "Opep do etanol". "A política do governo brasileiro é incentivar todos os países a desenvolver os biocombustíveis", acrescentou.

Segundo o ministro, a participação do etanol na matriz energética brasileira já supera a da energia produzida por hidrelétricas. Enquanto o combustível da cana-de-açúcar responde por 18% da energia gerada no país, a hidroeletricidade fica com 15,7%.

O etanol brasileiro, lembrou Zimmermann, é o mais eficiente do mundo e, em sua avaliação, continuará sendo no futuro. "Com o ganho de produtividade das usinas, esperamos um aumento de competitividade, como aconteceu com a energia eólica, que teve seus preços bastante reduzidos", disse.

O Brasil, de acordo com o ministro, tem uma matriz energética muito distinta da apresentada por outros países. "Contamos com 87% de fontes renováveis, percentual muito superior ao de outras localidades. A China tem 70% de produção a carvão natural e os Estados Unidos, praticamente 50%, enquanto as fontes renováveis giram em torno de 10%" contextualizou.

Francine De Lorenzo

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